quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pedagogias Históricos-Sociais e Outras Tendências: MADALENA FREIRE

                                                         MADALENA FREIRE

 "O querer bem, o amor, regia sua interação com o mundo. Muito pouco o entenderam (ou, ainda não o entendem) sobre essa sua convicção é preciso querer bem para educar, aprender e ensinar. Penso que era essa capacidade de amar que lhe dava possibilidade intensa de educar sua paciência impaciente. Sempre com aqueles olhos de menino curioso, incansável diante do novo, do conflito, do que não conhecia”. (FREIRE, Madalena)

Madalena Freire é filha de Paulo Freire e, também seguidora, discípula de seus ensinamentos e protetora de seu legado. Podemos considerar que existe uma forte influência, nas elaborações da educadora Madalena, das teorias freireanas, principalmente, por seu percurso acadêmico e profissional.

É importante destacar alguns pontos que se tornam referências para uma educação mais progressista, dos quais destacamos: centro de interesses, a educação como arte, a educação e a paixão, a emoção e a aprendizagem, o trabalho de grupo, sistematização e o diário do educador, o planejamento e a curiosidade das crianças, entre outros aspectos.

Nesse contexto Madalena Freire desenvolve sua proposta de educação, principalmente preocupada com a Educação Infantil, buscando trazer em suas elaborações os princípios freireanas. Para tal, concebe a educação como um espaço político-pedagógico, do qual a paixão deve ser propulsora das leituras do mundo. A educação é a possibilidade de humanização da sociedade, da construção da consciência. Ser educador é ser artista, pois a educação é uma arte - arte de educar. 

Segundo Madalena Freire: “O educador lida com a arte de educar. O instrumento de sua arte é a pedagogia. Ciência da educação, do ensinar. É no seu ensinar que se dá seu aprendizado de artista. Toda pedagogia sedimenta-se num método. Maneira de ordenar, organizar com disciplina, a ação pedagógica, segundo certos pressupostos teóricos. Toda pedagogia está sempre engajada a uma concepção de sociedade, política. É neste sentido que, nesta concepção de educação, este educador faz arte, ciência e política.  

Faz política, quando alicerça seu fazer pedagógico a favor ou contra uma classe social determinada. Faz ciência, quando apoiado no método de investigação científica, estrutura sua ação pedagógica. Faz arte, porque cotidianamente enfrenta-se com o processo de criação na sua prática educativa, em que, no dia a dia, lida com o imaginário e o inusitado. A ação criadora envolve o estruturar, dá forma significativa ao conhecimento. Toda ação criadora consiste em transpor certas possibilidades latentes para o campo do possível, do real”. (MADALENA FREIRE, 1995, p. 36).

Dessa maneira, podemos observar uma preocupação muito grande em destacar na educação suas características mais afetivas, mais humanas, ou seja, a afetividade torna-se uma das principais referências no processo de construção do saber. A aprendizagem passa necessariamente pelas experiências possibilitadas pela paixão e, assim, é um desafio saber ensinar sem inibir as emoções presentes na elaboração do conhecimento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
PORTAL EDUCAÇÃO http://splashurl.com/0 

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