quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pedagogias Históricos-Sociais e Outras Tendências: JOHN LOCKE

                                                                     JOHN LOCKE 

Locke é considerado um dos mais importantes precursores do iluminismo europeu e fundador do empirismo inglês. Nasceu em 29 de agosto de 1632 em Wrington, Reino Unido e faleceu em 28 de outubro de 1704 em Essex também no Reino Unido.  Seu pensamento é considerado um clássico da tradição filosófica, sua educação realista objetiva investigar os fenômenos naturais e a proposição de ideias que, futuramente, influenciaria o pensamento de outros teóricos como, por exemplo, J.J.Rousseau. 

Locke protagonizou a educação disciplinar e suas teorias educacionais apresentam três importantes vertentes: física, moral e intelectual.

A parte física era uma de suas maiores preocupações; o cuidado para com ela se justificava pela máxima de Juvenal: corpo são, mente sã. Para o desenvolvimento do corpo ele propõe uma série de recomendações a serem constantemente adotadas pelos pais que desejam aumentar a resistência física do filho, seus cuidados se estendiam desde banho, alimentação, sono, vestimentas até o próprio comportamento do pequeno homem (OLIVEIRA, 2003).

Em sua perspectiva moral o respeito à moral e aos costumes superam a importância de um ensino voltado para o conteúdo disciplinar, sua maior preocupação era ensinar aos alunos os conteúdos para além da escola, ou seja, os conhecimentos para sua vida.

Na perspectiva intelectual ele revolucionou o pensamento de Aristóteles e Descartes sobre a teoria das ideias inatas (conhecimentos que já nasciam com os homens). Após analisar todo o processo de formulação do pensamento humano, John Locke propõe a teoria empírica, a qual acredita que todos os conhecimentos do homem são aprendidos ao longo de sua existência, portanto, não há ideias inatas.  A proposição de que o ser humano vem ao mundo sem qualquer tipo de conhecimento é a base da teoria da tabula rasa, um conceito lockeano que compara a criança ao papel em branco, ambos sem experiências anteriores, portanto, vazios no que se refere ao pensamento. Mas, ao mesmo tempo, ambos estão aptos a aprender, a serem preenchidos por saberes que serão as mais importantes impressões de toda sua vida.

A teoria empirista de Locke  investiga a natureza do entendimento humano para descobrir por meio da experiência, as capacidades do homem e também as suas limitações. Locke desenvolveu uma teoria do conhecimento destinado a aprimorar o uso do intelecto. Considerou a curiosidade e o desejo de recreação como predisposições inatas que acarretam à cultura da criança. Ele atribui aos sentimentos de vergonha e o desejo de sentir-se honrado como os principais motivadores, ou seja, são os agentes mais eficazes para dominar a conduta das crianças e induzi-las ao estudo.

Seu princípio fundamental era formar homens gentis, que soubessem se comportar na sociedade. O autocontrole era considerado o segredo da integridade moral no seu projeto de educação. O objetivo principal era controlar os desejos e impulsos das crianças. Preocupava-se em transformar a criança em um futuro homem, sendo assim, seu foco não estava na vida atual da criança e sim em sua vida futura.

REFERÊNCIAS:
BATISTA, Gustavo Araújo. John Locke: sua biografia, sua personalidade, sua época, sua filosofia e pedagogia e sua proposta curricular - Julho/2004.
Cadernos da FUCAMP, Monte Carmelo, Minas Gerais, v. 3, p. 11-36, 2004.
 Disponível em: http://www.fucamp.com.br/nova/revista/revista0301.pdf Acesso em 10 de maio de 2010.

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