JOHN LOCKE
Locke é considerado um dos mais importantes
precursores do iluminismo europeu e fundador do empirismo inglês. Nasceu em 29
de agosto de 1632 em Wrington, Reino Unido e faleceu em 28 de outubro de 1704
em Essex também no Reino Unido. Seu pensamento é considerado um clássico
da tradição filosófica, sua educação realista objetiva investigar os fenômenos
naturais e a proposição de ideias que, futuramente, influenciaria o pensamento
de outros teóricos como, por exemplo, J.J.Rousseau.
Locke protagonizou a educação disciplinar e suas
teorias educacionais apresentam três importantes vertentes: física, moral e
intelectual.
A parte física era uma de suas maiores preocupações;
o cuidado para com ela se justificava pela máxima de Juvenal: corpo são, mente sã.
Para o desenvolvimento do corpo ele propõe uma série de recomendações a serem
constantemente adotadas pelos pais que desejam aumentar a resistência física do
filho, seus cuidados se estendiam desde banho, alimentação, sono, vestimentas até
o próprio comportamento do pequeno homem (OLIVEIRA, 2003).
Em sua perspectiva moral o respeito à moral e
aos costumes superam a importância de um ensino voltado para o conteúdo
disciplinar, sua maior preocupação era ensinar aos alunos os conteúdos para
além da escola, ou seja, os conhecimentos para sua vida.
Na perspectiva intelectual ele revolucionou o
pensamento de Aristóteles e Descartes sobre a teoria das ideias inatas (conhecimentos
que já nasciam com os homens). Após analisar todo o processo de formulação do
pensamento humano, John Locke propõe a teoria empírica, a qual acredita que
todos os conhecimentos do homem são aprendidos ao longo de sua existência,
portanto, não há ideias inatas. A
proposição de que o ser humano vem ao mundo sem qualquer tipo de conhecimento é
a base da teoria da tabula rasa, um conceito lockeano que compara a criança ao
papel em branco, ambos sem experiências anteriores, portanto, vazios no que se
refere ao pensamento. Mas, ao mesmo tempo, ambos estão aptos a aprender, a
serem preenchidos por saberes que serão as mais importantes impressões de toda
sua vida.
A teoria empirista de Locke investiga a
natureza do entendimento humano para descobrir por meio da experiência, as
capacidades do homem e também as suas limitações. Locke desenvolveu uma teoria
do conhecimento destinado a aprimorar o uso do intelecto. Considerou a curiosidade
e o desejo de recreação como predisposições inatas que acarretam à cultura da
criança. Ele atribui aos sentimentos de vergonha e o desejo de sentir-se
honrado como os principais motivadores, ou seja, são os agentes mais eficazes
para dominar a conduta das crianças e induzi-las ao estudo.
Seu princípio fundamental era formar homens gentis, que soubessem
se comportar na sociedade. O autocontrole era considerado o segredo da
integridade moral no seu projeto de educação. O objetivo principal era controlar
os desejos e impulsos das crianças. Preocupava-se em transformar a criança em
um futuro homem, sendo assim, seu foco não estava na vida atual da criança e
sim em sua vida futura.
REFERÊNCIAS:
BATISTA, Gustavo Araújo. John Locke: sua biografia, sua
personalidade, sua época, sua filosofia e pedagogia e sua proposta curricular -
Julho/2004.
Cadernos da FUCAMP, Monte Carmelo, Minas Gerais, v. 3, p. 11-36,
2004.
Disponível em:
http://www.fucamp.com.br/nova/revista/revista0301.pdf Acesso em 10 de maio de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário